A pandemia fez com que muitas empresas se adaptassem e levassem seus colaboradores para o home office. A ideia deu muito certo, porém, sem um controle de horários e regras definidas, muitas pessoas passaram a trabalhar muito mais. Além disso, acrescenta-se a carga do trabalho doméstico, filhos em casa, adaptação a uma nova forma de trabalho e muita pressão. O resultado desse processo? Burnout!!
Mas, afinal, o que é a síndrome de Burnout?
Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho e pode resultar em estado de depressão.
Os principais sintomas são: cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia; dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga; pressão alta; dores musculares; problemas gastrointestinais e alteração nos batimentos cardíacos.
De acordo com um estudo de 2021 do Indeed, site de busca e informações sobre empregos, 52% dos funcionários entrevistados afirmam se sentirem esgotados. Mais da metade dos funcionários relatou trabalhar mais horas, e um quarto afirmou não conseguir se desconectar do trabalho.
Isso afeta não somente a saúde física e mental do próprio trabalhador que sofre com doenças e sintomas, como os citados acima, mas também atinge a empresa com faltas, falta de produtividade, retenção de funcionários, entre outros fatores.
Com a maioria da população adulta vacinada, muitas empresas já estão pensando no retorno ao trabalho presencial ou híbrido ou ainda, algumas já instituíram o home office permanente.
De qualquer maneira, é importante que tanto colaboradores quanto empresas, se atentem e procurem formas de evitar o esgotamento físico – Burnout!
Mas, como evitar o Burnout?
Da parte do colaborador, algumas atividades básicas e pequenas podem já ser de grande ajuda para não se chegar ao esgotamento físico, como:
– Fazer atividades físicas regulares. Aqui vale fazer as coisas que gosta para não desistir depois de um tempo: corrida, dança, caminhada, academia, etc. Procure a atividade que mais se identifica.
– Participe de atividades de lazer com amigos e familiares. A descontração te ajudará a esquecer a pressão do trabalho.
– Faça atividades fora da sua rotina diária, como ir ao cinema, ir ao parque, etc.
– Fale sempre com alguém de confiança sobre o que sente e, se necessário, procure ajuda profissional. E o mais importante: não se automedique.
– Procure se afastar de pessoas tóxicas, negativas e que só reclamam. Pensamento positivo e otimismo sempre!
– Tenha uma boa noite de sono, com pelo menos, 8 horas diárias.
– Mantenha o equilíbrio entre o trabalho, lazer e família.
E as empresas, o que podem fazer para evitar que seus colaboradores tenham Burnout?
Já, do lado das empresas, é muito importante preservar a saúde física e mental dos seus colaboradores. Assim, eles se sentirão mais felizes, engajados, criativos e produtivos. Isso refletirá imediatamente nos resultados.
- Estabeleça limites
É muito importante determinar o horário de trabalho e responsabilidades de cada colaborador. Muitos profissionais afirmam que não conseguem se desligar do trabalho e, devido a cobrança de resultados, trabalha bem mais (principalmente em home office) e constantemente checam os e-mails.
Incentive os funcionários a desativar todas as notificações e aplicativos fora do horário de trabalho e garanta que os gerentes não entrem em contato para fazer solicitações ao time após o expediente. O exemplo tem que vir de todos.
- Elimine reuniões desnecessárias
Um estudo da Harvard Business School e da New York University apontou que o número médio de reuniões aumentou 12,9% durante a pandemia, enquanto a duração de cada reunião cresceu 13,5%. Diminuir o número de reuniões é a primeira e mais rápida providência para a empresa liberar um tempo valioso para a equipe e evitar o esgotamento no trabalho.
Se a reunião for para discutir algo simples ou para alguma atualização de informação, prefira um e-mail.
E quando houver necessidade de reunião, procure ser objetivo e fazer o cronograma de pontos a serem discutidos, além de definir horário de começo e término.
- Diminua o número de ferramentas utilizadas durante o trabalho
De acordo com o Relatório de tendências SaaS 2019 da Blissfully, o funcionário usa pelo menos oito aplicativos por dia para trabalhar. Como estão sempre alternando entre e-mail, bate-papo, vídeo, documentos, etc, os colaboradores consideram mais difícil se concentrar no trabalho real que precisam realizar, o que estende o horário de trabalho, desperdiça tempo e leva ao esgotamento.
Veja se na sua empresa é possível concentrar as informações em um único ou em menos locais e defina quais são os canais prioritários para comunicação.
- Oriente os gestores
Treinar e orientar os gestores a monitorar sua equipe é essencial. Assim, eles podem identificar como está o andamento do seu time e reconhecer os sinais de alerta de esgotamento.
É importante também que os gestores distribuam as tarefas de maneira que não sobrecarreguem um ou outro funcionário e estejam sempre prontos a motivar e ajudar a sua equipe em direção dos objetivos e ao sucesso.
Por fim, apoie o colaborador a ter uma vida mais equilibrada entre pessoal e profissional, com descanso semanais, férias e consultas regulares ao médico. Você vai perceber que a equipe produzirá mais, estará mais feliz e saudável.
Aqui na Bluecast, estamos constantemente aplicando estas práticas para que nossos colaboradores estejam sempre engajados, tenham bem-estar e uma vida equilibrada. Conte com nossos profissionais para seus projetos sazonais de TI!